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Desoneração na folha de pagamento é péssima para todos os setores

A recente desoneração da folha de pagamento imposta pelo Governo Federal vai atrapalhar não apenas o setor de Tecnologia da Informação

A recente desoneração da folha de pagamento imposta pelo Governo Federal vai atrapalhar não apenas o setor de Tecnologia da Informação (diretamente o mais afetado), mas todos os setores produtivos do país. Essa é a análise de Raphael Jacinto, vice-presidente da Ewave do Brasil.

Isso acontecerá pois a área de TI é meio e até mesmo fim de todos de todos os outros setores como agropecuário, automobilístico, logística e industrial:

“Não há como negar que a TI está presente em todas as grandes organizações e se o Governo tira este incentivo fiscal 'no meio do jogo', impacta todos de uma vez. Todas as empresas trabalham com orçamento bem definido e ajustado.Se chegar em uma empresa ou cliente dizendo que precisa rever alguns valores, aumentar para 20% o seu custo, a empresa ou repassa este valor ou corta parte do serviço para garantir o seu orçamento para não ficar no prejuízo." explica Jacinto.


Falta de diálogo compromete a cadeia produtiva

A ação mais prudente na visão do executivo da Ewave seria que o Governo fizesse uma oneração deste tributo em etapas, dando tempo para que estas empresas e seus respectivos setores se organizarem. Agindo desta maneira, até mesmo o Governo acaba prejudicado pela geração de estresse no mercado e consequente desemprego.

Buscando novas alternativas

O que diversos setores estão discutido muito neste momento é como utilizar-se da lei da terceirização para continuar o desenvolvimento de serviço para evitar que empresas passem a trabalhar na informalidade, que é algo totalmente errado:

"Somos um grupo israelense que segue rígidos padrões internacionais. Trabalhamos 100% dentro da lei. Um remédio em face desta desoneração da folha de pagamento é se apegar à lei da terceirização, otimizando o nosso custo de outras formas. A ideia é buscar um crescimento significativo no faturamento para compensar esta diferença de alíquota tributária através de outros produtos do nosso portfólio e já estamos trazendo produtos israelenses para comercializar no mercado brasileiro."

Esta situação se complica para as empresas que não tenham este colchão financeiro ou mesmo um 'padrinho'. O vice-presidente da Ewave alerta para dois pontos:


- muitas destas empresas irão encerrar as suas atividades e

- a TI presta serviço para outros setores

A consequência natural é que o desencadeamento de uma série de problemas que no final vai estourar nos preços, seja nas gôndolas dos supermercados, nas farmácias ou qualquer outro ponto de venda.

Essa essa mudança é financeiramente encarada como negativa pela Ewave, mas a companhia está se preparando há algum tempo para ter o menor impacto possível:“O que não queremos e está fora de cogitação é demissão de profissionais. Teremos que nos readaptar, porém a prioridade é não demitir profissionais. Este é o maior valor que existe dentro da nossa companhia.” enaltece Raphael.


Desemprego em massa
Raphael Jacinto reforçou o discurso do presidente-executivo da Brasscom - Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Sergio Paulo Gallindo, que apresentou recentemente um estudo o qual prevê que, com as empresas de software, serviços e hardware de fora da desoneração, pelo menos 83 mil postos de trabalhos poderão ser fechados nos próximos três anos.

“Podemos apontar este período como desastroso para o setor. Muitas empresas trabalharão na informalidade e outras fecharão as portas. O desemprego é eminente.”

Perda de performance

Jacinto lembra que o setor tem a sua competitividade hoje muito por conta dos incentivos e que o Governo ainda não percebeu isso:

“O Brasil é um país que precisa parar de pensar em só vender soja. Tem muito a se desenvolver com a tecnologia. Temos uma criatividade enorme, isso é um diferencial no desenvolvimento de software e nós não usamos isso. Os bons estão saindo do Brasil para locais onde se valoriza esta função.” finaliza o vice-presidente da Ewave do Brasil


Foto: Cimabue/Pixabay

Sobre a Ewave

A Ewave do Brasil, parte do grupo israelense Ewave, atua no mercado brasileiro desde 2006 sendo um dos principais fornecedores de serviços de soluções de tecnologia do país em desenvolvimento e integração de sistemas, serviços de hunting e alocação de profissionais de TI. A Ewave trabalha em parceria com os principais fornecedores mundiais de plataformas tecnológicas como IBM, Microsoft, Oracle, EMC e VMware além de ser premium partner da IBM, atestando a excelência na entrega de serviços e tecnologias IBM. "

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