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Dólar passa de R$ 5,80 com ataques entre Ucrânia e Rússia; Bolsa cai

Fechamento de mercado da semana e análise do dólar | por *Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank*

Ibovespa

O Ibovespa seguiu sem sair do lugar. Assim como nas quatro sessões da semana passada, na segunda-feira (18) ficou próximo da estabilidade, com baixa de 0,02%, aos 127.768,19 pontos, uma perda de 23,41 pontos.

No cenário doméstico, o mercado repercutiu declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, feitas no fim de semana.

O Ibovespa, na terça-feira (19), operou em alta, sustentado pelas ações da Vale (VALE3) e de grandes bancos. A principal referência da B3 avançou 0,43%, aos 128.312,49 pontos, às 16h06 da terça-feira, depois de oscilar entre a máxima de 128.579,47 pontos e a mínima de 127.234,80 pontos.

Do lado contrário do índice da B3, as ações da Embraer (EMBR3) cederam 3,83% e lideraram as perdas do Ibovespa, após o UBS BB rebaixar a recomendação para os papéis da empresa de neutro para venda. O mercado pode estar sendo excessivamente otimista com os ativos, enquanto os números de 2025 da fabricante podem decepcionar.

Após moderar a queda, enquanto os índices futuros de ações em Nova York aceleravam as altas, o Ibovespa voltou a cair com mais força e perdeu os 127 mil pontos registrados na abertura dos negócios na quinta-feira (21). Pela manhã (horário de Brasília), apenas quatro ações subiam: Klabin (KLBN11), CCR (CCRO3), Suzano (SUZB3) e Isa Cteep (TRPL4).

Liderando as perdas do Ibovespa na quinta-feira (21), estão as ações da Lojas Renner (LREN3), que recuaram 4,23%. Do lado oposto do índice da B3, os papéis da CVC (CVCB3) seguiram o caminho oposto e saltaram 4,22%, impulsionados pela redução das taxas dos juros futuros que trouxe alívio para alguns ativos mais pressionados pelo ciclo da economia.

Outro destaque positivo são as ações da Embraer (EMBR3), que registraram ganhos de 3,38%. Os papéis da fabricante de aeronaves tendem a se favorecer da valorização do dólar, já que a companhia tem receita atrelada à variação da moeda americana. Nesta tarde, a divisa subiu 0,79%, cotada a R$ 5,814 no mercado doméstico de câmbio, devido à maior ansiedade dos investidores por conta da demora do anúncio de corte de gastos.

A flutuação do Ibovespa hoje reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do índice Ibov sobe, significa que, na média, as ações que o compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.

Câmbio

O dólar à vista exibia desvalorização firme contra o real no início da tarde de segunda-feira (18), em meio a uma dinâmica de depreciação global da moeda americana. Além de uma possível realização de lucro do chamado Trump trade, operadores mencionam a alta de preços das commodities e os relatos sobre a seara fiscal como motivos adicionais para dar suporte à valorização da moeda brasileira. A sessão da segunda começou com o dólar oscilando entre leve alta e leve queda, mas, com a valorização dos preços do petróleo, o câmbio doméstico passou a apreciar. Operadores de câmbio dizem que as commodities ajudam a dar suporte para a moeda brasileira se recuperar, mas enfatizam que havia um pessimismo muito grande nas posições e, agora, diante da perspectiva de medidas fiscais, parte disso se dissolve. Estava muito esticado, com o investidor local muito pessimista.

O dólar à vista encerrou a sessão de terça-feira (19) em alta frente ao real, em um dia marcado pelo temor dos investidores globais em relação às tensões entre Rússia e Ucrânia. Pela manhã, os agentes financeiros mostraram mais aversão a ativos de risco, buscando moedas mais seguras, como franco suíço, iene japonês e dólar americano, em detrimento de divisas de mercados emergentes. Ao longo do dia, no entanto, o sentimento foi se alterando e, perto do fechamento, moedas pares, como os pesos mexicano e chileno, chegaram a apreciar frente ao dólar. O real, no entanto, encerrou a sessão em queda, ainda que distante das máximas do dia.

O dólar operou em alta perante o real na quinta-feira (21), em linha com os mercados globais, à medida que investidores voltaram a demonstrar aversão ao risco em meio à escalada das tensões entre Ucrânia e Rússia.

A divisa americana permaneceu firme na quinta-feira, enquanto os investidores aguardam mais clareza sobre as políticas propostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e tentavam questionar as perspectivas de cortes menos agressivos nas taxas de juros pelo Federal Reserve. Ao mesmo tempo, os investidores estão avaliando o que as promessas de tarifas da campanha de Trump significam para o resto do mundo, com Europa e China provavelmente na linha de fogo.

O dólar à vista encerrou a sessão da quinta-feira em apreciação consistente. O enfraquecimento do real foi resposta ao sentimento de aversão a risco no mercado global, em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia. A moeda brasileira apresentou um dos cinco piores desempenhos entre as 33 moedas mais líquidas, e operadores veem a forte depreciação da moeda.