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Mudanças no portfólio da SAP: mais do que desafios, são oportunidades para inovar (e impulsionar) a gestão empresarial

Por Wagner Camargo, Chief Operating Officer (COO) da EVOX

A partir de 2025, a SAP iniciará uma série de mudanças significativas em seu portfólio: fim do suporte às soluções SAP Government, Risk & Compliance (GRC) NF-e e SAP ERP Central Component (ECC), além de alterações no direito de uso do "Compatibility Scope". Tal cenário cria desafios urgentes para as empresas em processo de transformação digital, forçando-as a redefinir a reavaliar o uso de tecnologia.

Porém, não devemos tratar a situação como problema, mas sim como uma oportunidade única para tirar proveito das inovações tecnológicas disponíveis no mercado ao definir novas estratégias que garantam continuidade estrutural e competitividade, sem o risco de interrupção operacional.

Mudanças no SAP GRC NF-e levam a atualização para SAP DRC com aumento da conformidade - O fim do suporte ao SAP GRC NF-e, amplamente utilizado pelas empresas como forma de gerenciar processos fiscais, está previsto para 31 de dezembro de 2025. Neste caso, a melhor alternativa é a atualização do sistema tecnológico para o uso da SAP Document and Reporting Compliance (DRC), que garante a consistência nos envios de documentos fiscais em tempo real (principalmente atividades de emissão, recepção, controle e monitoramento da Nota Fiscal Eletrônica). Assim, evitam problemas de conformidade com a legislação fiscal.

Fim do SAP ECC demanda transição para o S/4HANA com aumento da segurança - Com o encerramento do suporte ao SAP ECC, previsto para 31 de dezembro de 2027, é essencial a migração para o uso da solução SAP S/4HANA, que oferece recursos mais avançados com análise de dados em tempo real (o que torna o ambiente de negócios mais dinâmico e responsivo), com o benefício principal de aperfeiçoar a segurança dos dados transacionados.

Expiração do "Compatibility Scope - Outro ponto de atenção é a expiração dos direitos de uso para o "Compatibility Scope", em 31 de dezembro de 2025, o que evidencia a importância de um planejamento cuidadoso para a busca de soluções alternativas aos módulos que não serão mais suportados. Porém, a prioridade deve ser uma transição de forma estruturada e que não afete o funcionamento das soluções atuais.

Como as empresas podem (e devem) agir mediante tantas mudanças?

Mesmo que as mudanças comecem em, no mínimo, 12 meses, é obrigatório que a preparação comece a acontecer desde já, para que não sejam surpreendidas com demandas inesperadas (e difíceis de serem atendidas) se as atitudes forem tomadas “de última hora”.

As melhores formas de agir com proatividade no planejamento e reformulação da transformação digital incluem:

  • Reconhecimento de cenário - Avaliar os sistemas atuais, por meio de auditorias, para saber pontos críticos no momento da transição e, consequentemente, documentar todos os indicadores-chave para monitorar a evolução da empresa.
  • Medidas preventivas - Criação e execução de ações para evitar interrupções durante a transição, garantindo a disponibilidade de recursos financeiros, tecnológicos e, principalmente, profissionais.
  • Plano de conformidade - Analisar cada etapa da migração com foco em atender todas as regulamentações da legislação brasileiras para os mais variados processos corporativos.

Tecnologia “moldando o futuro”

Inovar a forma de gerenciar a empresa por meio de preparação antecipada e planejamento voltado para novas tecnologias é, sem dúvida, sinônimo de torná-la preparada para se diferenciar em uma economia cada vez mais competitiva.

Portanto, antecipar-se aos desafios, ao invés de aguardar que eles se tornem evidentes, é a mensagem-chave para vencê-los, comprovando o sucesso de uma estratégia bem definida e, principalmente, no prazo correto.