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Erros comuns ao tentar fazer um negócio ecossustentável

O primeiro grande equívoco do meio empresarial é acreditar que ser sustentável custa caro

Esses dias li no Twitter a seguinte frase: “Sustentabilidade é a nova paz”. O autor da frase fazia referência à crescente busca pelo substantivo mas que, em não poucas vezes, é uma demanda fadada ao erro. Fiquei com isso na cabeça, afinal, depois dessa frase eu não pude deixar de imaginar as misses ao redor do globo discursando seus desejos de sustentabilidade, entre a enumeração de suas habilidades cujas utilidades são questionáveis ao levá-las ao status de misses.

Comecei a pesquisar e ler em alguns diversos portais sobre as iniciativas de sustentabilidade dentro das empresas, e encontrei um artigo da designer e empresária nova-iorquina Jill Fehrenbacher, que também escreve e fundou o site Inhabitat.com, preocupado com inovações que pregam pelo uso de energia renovável e ela, a própria sustentabilidade.

O primeiro grande equívoco do meio empresarial é acreditar que ser sustentável custa caro. Isso não é uma inverdade quando falamos do uso de energias renováveis, mas existe uma série de iniciativas que ajudam e entram na ideia. Sua empresa pode utilizar menos papel (ou, em alguns casos, até excluir o seu uso), pode encontrar maneiras de reutilizar e reciclar materiais e estimular os funcionários em medidas como rodízio de direção ou transportes públicos.

Em segundo lugar, não subestime seus clientes. As pessoas sabem quando estão sendo enganadas. Só porque o seu produto vem em uma embalagem verdinha e traz “eco” ou “orgânico” no nome, não significa que ele seja ecossustentável. Seus clientes não são estúpidos, eles percebem se há algo errado. Na pior das hipóteses, é só ler a embalagem; não tente enganar pela imagem.

Por causa disso, entramos no terceiro ponto: uma embalagem verdinha ou bege já não é uma boa ideia. Primeiro porque atualmente não é nada original e segundo, como dito acima, as pessoas percebem se aquilo é pura besteira. Procure dar à marca uma identidade visual única sem ficar preso às cores que normalmente identificam os produtos “verdes”.

Por outro lado, não pense que seus clientes possuem tempo e atenção de sobra para dedicar ao seu produto. Seja claro e direto. Utilize ações de marketing para explicar os comos e porquês de seu produto ser sustentável. O marketing viral é uma boa arma para isso. Não parta do pressuposto de que, só porque seu produto é ecologicamente eficiente, as pessoas ficarão sabendo.

Finalmente, um dos maiores erros apontados pela designer e empresária é o fato de muitos empreendedores acreditarem que, a menos que seu produto seja 100% sustentável, não há propósito em chamar atenção para ele. Este é um erro terrível, já que qualquer medida de diminuição dos impactos ambientais já é uma alternativa de sustentabilidade. Ninguém pode simplesmente zerar sua influência em qualquer tipo de ambiente.

E se você deseja correr atrás de ser um empresário ecologicamente engajado, lembre-se que, em primeiro lugar, ser sustentável é aproveitar melhor os recursos físicos que possui.